Estar endividado é uma saga muito comum a grande parte dos brasileiros. Segundo um levantamento do Serasa de julho de 2021, mais de 62 milhões de brasileiros possuem alguma dívida vencida ou em atraso.
Dívidas vencidas são originadas da tríade: sonhos e desejos antecipados + crédito farto + emoções e organização descontrolados. O resultado disso normalmente se reflete em stress, vergonha, ansiedade e preocupação.
Eu, particularmente, prefiro avaliar de forma profunda, e acredito que as dívidas são prisões que tiram a liberdade de escolha de quem decide fazer e, por consequência, limitarão suas decisões pelos próximos anos, principalmente quando nos referimos às dívidas de longo prazo.
No caso de dívidas em atraso, existe um grande agravante financeiro, que são multas, juros punitivos e previstos que consomem dezenas ou centenas de reais além dos juros iniciais do contrato. Isso é desperdício, é dinheiro que vai para o ralo.
O consumo acima das possibilidades normalmente se inicia com lacunas emocionais, necessidade de pertencimento e aceitação. Nos tempos atuais, com o crescimento das redes sociais, isto se torna cada vez mais latente. E se trata de um “saco sem fundo”, algo que nunca será suficiente, pois é o papel da indústria e do marketing criar produtos novos e modernos, com a consequente necessidade de consumir. Isso é o capitalismo moderno. E não há nada de errado nisso, desde que haja racionalidade e consciência.
Esses novos produtos inovadores tornam-se o sonho de consumo de muitas pessoas que, desejando passar uma imagem vencedora e bem-sucedida à sociedade, fazem o possível para adquirir e exibir tais itens diferenciados.
Neste momento entram os agentes financeiros, facilitando a vida das pessoas que não possuem recursos para tal compra, permitindo o acesso ao mesmo com prazos extensos e facilitados, cobrando juros de mercado e, desta forma, sustentando a lucratividade de todo este ecossistema.
Contando com esta facilidade, mais de 62 milhões de pessoas aceleraram a realização destes desejos e hoje estão inadimplentes, e terão de arcar com juros e multas destes atrasos, isso na melhor das hipóteses. O sistema funciona contra você.
Só existe um caminho para sair desta cilada: a educação financeira. Ela vai criar a consciência e o desconforto necessário para sair desta prisão.
Você precisará de um plano estruturado, seguir etapas e encarar de frente essa jornada de educar-se para progredir, mesmo sabendo que o benefício deste esforço se refletirá em longo prazo. Mas de início, ter a consciência dessa dinâmica já é um excelente ponto de partida. É sobre fazer o que precisa ser feito.
Livrar-se das dívidas é uma escolha difícil. Você precisará tomar algumas decisões de maneira consciente: reduzir o padrão de consumo e comprar menos, negociar com credores, organizar seu orçamento doméstico, fazer contas, priorizar o pagamento de dívidas, adiar sonhos e reduzir o status social. As vezes, será necessário uma segunda ocupação.
Priorize as dívidas com maiores juros, as que possuem garantia atrelada, as mais incômodas (com pessoas de seu convívio) e as mais fáceis de resolver.
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